10 anos se passaram desde que King Of Fighters 98 apareceu e até recentemente o único jeito de jogá-lo no PS2 era através de uma coletânea da saga Orochi, isso se não for recorrer a versão PS1 que é uma verdadeira lástima. A demora foi um preço baixo por esta reedição de luxo de um dos melhores capítulos da saga, tanta coisa nova que merece mesmo uma jogada que é ver pra crer.
Antes de tudo, vale avisar que aquele maior defeito apontado deste jogo não foi consertado: a história ainda é nula, só mesmo porrada é o que vale aqui. Isso proporcionou também uma das novidades deste jogo: os personagens novos. Foram adicionados ao elenco Eiji Kisaragi (KOF 95), Kasumi Todo (Kof 96), o time de chefes de 96 com Geese, Krauser e Mr. Big e os destraváveis Goenitz e Orochi, todos com os seus cenários também de volta.
Nos cenários, tem lá a opção de jogar com os originais 2D ou em 3D com seus prós e contras. No primeiro os que vieram do KOF 96 estão horrendos, realmente mal acabados como só esse jogo conseguiu ser. Já deixando em 3D, a coisa quase que vira outro jogo. Alguns, como a quadra de basquete por exemplo, conforme a luta rola dá pra completar um 360 completo mostrando o lado que antes ficava atrás da câmera. Os mais detalhados estão uma tremenda beleza e até mesmo os de 96 surpreendem, como o estádio destruído de Goenitz. Nesse modo tem alguns cenários que não tem uma versão 3D mas sim outra coisa totalmente nova, um deles até parece inspirado no começo do Metal Slug 2.
Falando no cenário do Goenitz, o cenário do Orochi e do New Faces Team de 97 também voltou em 3D, e ficaram animais. Essa é uma coisa que mudou mas que continua com a história parada: de acordo com o que se fizer durante o jogo, a última fase será 96, 97 ou 98 e a partir daí se destravará o chefe correspondente, menos Omega Rugal que já está lá como personagem EX. Outra novidade é o terceiro sistema de jogo chamado Ultimate onde podemos escolher quais elementos dos outros dois originais serão usados. Estourar barra com desvio pro fundo da tela? Agora pode! E
junto do pacote de jogadores também tem agora 8 opções de cores diferentes, vale qualquer combinação de botões pra conseguir essas novas. De brinde também tem uma coleção de artwork oficial e coisas feitas por fãs dos anos de 96, 97 e 98, incluindo coisas antigas e coisas novas! Parte desse
conteúdo precisa ser destravado, nada que outra jogada dê jeito. Não vamos esquecer também de que a trilha sonora vem na sua versão Original ou Arrange, fica ao gosto do jogador e continua a jogabilidade que pede comandos mais precisos, o que por sua vez acabou por afastar boa parte dos jogadores que começaram a acompanhar a série a partir de 97 e se achavam os bonzões com aqueles golpes que praticamente bastavam apertar diagonal+soco. Nem o modo Easy de Marvel vs Capcom é tão primário, só prede mesmo pro Mortal Kombat 1 do Mega Drive que o botão A vinha com turbo de fábrica.
Entre os modos de jogo tem os de sempre, um survival infinito, jogo online, edição de cores, vídeos e um modo onde se joga o KOF 98 original versão Neo Geo. O maior de todos é um modo Challenge onde cada bloco é uma coisa tipo desviar de 5 magias, combo de 10 hits e assim por diante, aos que tentarem a versão japonesas já fica um boa sorte:
Concluindo a história, se KOF 98 demorou pra chegar pro ps2, teve mesmo um bom motivo e finalmente chegou. A versão americana e européia está com o lançamento marcado para o fim de janeiro, então fique de olho e corra pra pegar o seu.